A perda dos dentes de leite é uma etapa significativa da infância. Esta transição para a dentição definitiva tem início quando as crianças têm 6/7 anos e decorre ao longo de algum tempo.
A formação da dentição definitiva completa pode prolongar-se até aos 21 anos, com o surgimento dos terceiros molares, mais conhecidos por sisos. Em certos casos, a erupção dos dentes do siso pode não ocorrer, ou ser necessária a sua extração devido à falta de espaço no maxilar.
A evolução da dentição definitiva varia de pessoa para pessoa, existindo diversas variáveis que podem influenciar o processo. Os fatores genéticos, nutricionais e ambientais, por exemplo, desempenham um papel crucial nesta fase.
Como ocorre o desenvolvimento da dentição definitiva?
A erupção da dentição definitiva decorre do crescimento da criança. O desenvolvimento orofacial na infância é um processo extremamente complexo, que abarca não apenas a erupção dos dentes, mas também a musculatura facial.
Este processo está intimamente relacionado com a mastigação, oclusão, fala e respiração. Ou seja, é essencial que ocorra de forma saudável, a fim de prevenir problemas de saúde em diferentes áreas.
Nesse sentido, com o desenvolvimento das estruturas orofaciais, surge a dentição definitiva. Enquanto a dentição decídua compreende 20 dentes de leite, a permanente é composta por 32 dentes.
Qual é a sequência de erupção da dentição definitiva?
Como mencionado anteriormente, a dentição definitiva começa a nascer por volta dos 6/7 anos. Ela inclui 8 incisivos, 4 caninos, 8 pré-molares e 12 molares. Cada conjunto de dentes tem uma sequência específica, que pode variar de criança para criança.
O processo de substituição da dentição decídua (os dentes de leite) pela permanente é chamado de exfoliação. É um evento gradual e sequencial, no qual os dentes permanentes empurram os decíduos, levando à sua queda.
No final, todos os dentes de leite são substituídos pela dentição definitiva. Geralmente, o surgimento dos dentes definitivos segue as seguintes etapas:
- Primeiros molares (por volta dos 6 anos);
- Incisivos centrais e laterais inferiores (entre os 6 e 7 anos);
- Incisivos centrais e laterais superiores (entre os 7 e 8 anos);
- Pré-molares (entre os 9 e 11 anos);
- Caninos (entre os 9 e 12 anos);
- Segundos molares (entre os 10 e 12 anos);
- Terceiros molares ou sisos (entre os 17 e 25 anos).
Há, assim, um período do desenvolvimento infantil em que coexistem a dentição definitiva e a decídua na cavidade oral, chamado de dentição mista.
5 Cuidados necessários durante a transição para a dentição definitiva
Para promover uma boa saúde oral das crianças e adolescentes, é essencial cuidar da dentição definitiva adotando alguns cuidados.
1. Incentive a criança a manter uma boa higiene oral
É fundamental escovar os dentes pelo menos duas vezes ao dia durante 2 minutos, utilizando uma escova suave, para não prejudicar as gengivas e o esmalte.
Deve ensinar aos mais novos a técnica correta de escovação, com movimentos rotativos suaves que abranjam todas as superfícies dos dentes. A utilização de fio dentário também deve ser introduzida, especialmente quando há contacto entre dentes adjacentes, para remover a placa bacteriana ali acumulada.
2. Promova uma alimentação saudável
Uma alimentação equilibrada e saudável é essencial para a saúde oral em todas as idades. Deve-se, sobretudo, evitar o consumo de alimentos açucarados para prevenir o risco de cárie dentária ou problemas nas gengivas.
3. Evite que a criança morda objetos e alimentos duros
Durante o chamado período de exfoliação, a criança deve evitar morder objetos ou alimentos muito duros. É comum as crianças desenvolverem o hábito de roer lápis ou canetas, o que pode comprometer a dentição definitiva, causando danos, ou até mesmo fraturas, nos dentes.
4. Faça visitas regulares ao dentista com a criança
É essencial que o seu filho visite regularmente o dentista, pelo menos a cada 6 meses, para acompanhar o processo de exfoliação.
Observação, exames, limpezas e acompanhamento do desenvolvimento dentário são algumas das tarefas que este profissional realizará. Portanto, deve apostar numa abordagem preventiva para identificar precocemente potenciais problemas.
5. Tenha atenção a eventuais sinais problemáticos
Durante o processo de transição para a dentição definitiva, deve estar atento a alguns sinais como dor, inchaço, sangramento gengival anormal e mau hálito. Nestas situações, a criança deve ser levada ao dentista para avaliar o processo de erupção dos dentes.
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