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O uso da chupeta é um meio eficaz para tranquilizar bebés e crianças. Isto acontece porque, ao longo das primeiras semanas de vida, o bebé descobre o prazer e a tranquilidade que este ato lhe traz.

A sucção é um dos reflexos primitivos do recém-nascido, sendo essencial à sua sobrevivência. É através deste reflexo que o bebé consegue sugar o mamilo da mãe para se alimentar, bastando para isso o toque na sua bochecha ou lábios. A repetição deste comportamento ao longo do tempo, leva a criança a descobrir um meio para se satisfazer.

Nos primeiros 4 meses de vida, as sensações corporais agradáveis que o bebé experiencia, vão-se repetindo, sendo chamadas de “reações circulares primárias”. Através do ato inato de sucção, a criança descobre que chuchar no polegar ou na chupeta são experiências prazerosas e tranquilizadoras.

Contudo, o uso de chupeta deve apenas prolongar-se até aos 2 anos. A sua utilização excessiva traz algumas consequências negativas para a saúde oral da criança.

Quais as consequências de um uso de chupeta prolongado?

O uso de chupeta de forma continuada traz consequências negativas a vários níveis para a criança, sobretudo para a saúde oral. A sua utilização deve ser feita seguindo as orientações do pediatra, no sentido de proteger o seu filho de problemas.

Quanto mais tempo durar o uso de chupeta, maior é a probabilidade de, no futuro, a criança necessitar de tratamento ortodôntico e/ou terapia miofuncional. De seguida, apresentamos alguns dos problemas que podem decorrer do uso exagerado da chupeta.

 

1. Problemas de má oclusão

O uso de chupeta ao longo de demasiado tempo pode provocar disfunções nas estruturas orofaciais, sobretudo na anatomia da boca das crianças. Nesse sentido, a má oclusão é uma das consequências, traduzindo-se no posicionamento errado das arcadas dentárias, que se reflete no mau alinhamento dos dentes.

Os tipos de má oclusão mais comuns provocados pelo uso da chupeta são:

  • Mordida aberta: Consiste numa alteração do alinhamento dos dentes, em que o contacto entre as arcadas inferior e superior, quando a boca se fecha, é deficiente e desequilibrado;
  • Mordida cruzada: Consiste noutro tipo de alteração do alinhamento dos dentes, em que a arcada superior ou parte dela, fecha por dentro relativamente à dentição inferior.

 

2. Alterações no palato

A deformação do palato (ou céu da boca) é outra consequência possível de um prolongado uso da chupeta. O normal desenvolvimento do céu da boca fica condicionado pelo uso da chupeta, sendo o estreitamento ou a sua deformação as consequências mais comuns. Por sua vez, estas alterações na cavidade oral, podem também estar na origem dos problemas de má oclusão.

 

3. Disfunções orofaciais

Além dos problemas de má oclusão originados pelas disfunções orofaciais, existem outros problemas associados ao uso da chupeta. Os mais comuns são as alterações na respiração da criança, que se refletem normalmente na respiração pela boca.

Há também consequências na mastigação e deglutição, assim como na fala. O mau posicionamento de estruturas como o maxilar, língua e lábios, levam a que a criança readapte algumas destas funções de forma errada.

 

4. Maior risco de cáries de dentárias

O aparecimento de cáries dentárias é mais uma das consequências do uso de chupeta além do tempo recomendado.

Normalmente, a sua utilização combinada com soluções açucaradas aumenta este risco. Por outro lado, o uso tardio da chupeta combinado com uma má higiene oral, aumenta ainda mais a probabilidade da formação de cáries.

 

5. Maior probabilidade de desenvolver otite média aguda

A prevalência da otite média aguda aumenta consideravelmente nas crianças que usam chupeta de forma prolongada.

As possíveis causas para esta situação estão relacionadas com o aumento das secreções provocadas pela sucção e que se alojam no ouvido médio, aumentando a probabilidade de infeção. Por outro lado, as alterações orofaciais são também um fator que contribui para este tipo de patologia.

 

Como fazer para a criança largar a chupeta?

O processo para acabar com uso de chupeta deve ser gradual e por etapas. É essencial que entenda que a chupeta é um meio para a criança se acalmar e que, por isso, quebrar essa rotina repentinamente pode ser bastante doloroso.

Nesse sentido, o primeiro passo é tentar reduzir o uso da chupeta, nomeadamente, durante o dia. Arranje formas para a criança se entreter e distrair, sem ser necessário recorrer à chupeta. Nos primeiros tempos, limite o seu uso ao período noturno.

Depois disso, vá encontrando estratégias para a criança adormecer sem chupeta. Ler histórias ou arranjar objetos que causem conforto, como cobertores ou peluches, são excelentes alternativas.

Nunca se esqueça que conversar com a criança sobre este tema é também uma estratégia crucial para o sucesso. Seja sincero com o seu filho e explique quais as razões para esta mudança, sem criar histórias fantasiosas.

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